26 de agosto de 2011

Hotel pesadelo em Bahía

Referente à 25 de agosto

Depois de fazer baldeação em 4 cidades, finalmente cheguei no meu destino: BahíaCaráquez.
Fui então procurar um lugar para ficar. Primeiro: lotado; segundo: lotado; terceiro: lotado; quarto: diária de U$90 (descartado); quinto: não havia ninguém; sexto: fechado; sétimo: sim temos vagas. “Ok, vou ficar”. Ao que me parece essa era a última opção da cidade.

O lugar era uma casa velha que foi transformada em um lugar para as pessoas passarem a noite (não tenho coragem de chamar de hotel). Também há pessoas que ainda moram aqui. Meu quarto tinha um cheiro de horrível de mofo, sem janelas e com paredes de gesso (ouvi todo o jornal que estava passando em algum quarto onde tinha TV). Tinha só uma tela para um quarto ao lado cheio de entulhos. No banheiro, para chegar no box tinha que passar por cima da patente. E só água gelada, é claro. O banheiro também estava sujo.Fui nosuper, comprei uma esponja e dei uma geral antes de utilizar.

Tinha uma cama de casal com um colchão de molas que fazia barulho toda vez que eu me mexia, então resolvi dormir na parte de baixo no beliche onde o colchão estava aceitável. Logo depois que deitei comecei a sentir calor fui acender a luz para trocar de blusa e passar um repelente nos braços.

Quem eu encontro me fazendo companhia? Um baratão enorme e marrom, bem no meio do quarto. Eu tinha certeza que uma casa velha e suja como essa devia ter baratas, só não esperava encontrar uma tão grande no meu quarto. O que os olhos não veem o coração não sente. Mas agora os meus olhos tinham visto e tudo que eu mais queria na vida era ir embora desse hotel. Mas para onde? Já era mais de meia noite! Sensatamente pensei que sair do hotel sem ter um lugar certo para onde ir, naquele horário era idiotice.

Enfim fiquei ali imóvel, olhando para ela. Quando me movimentei para pegar minhas havaianas ela correu para debaixo da minha cama (!) e se enfiou em uma fenda. Em baixo do meu quarto (dava para ver por entre as madeiras) tinha uma espécie de subsolo, que deve ser a casa das baratas.

Resolvi montar vigia para ver se apareciam mais baratas (ou outros animais). Fiquei na espreita com a luz ligada e jogando freecell. Nenhum sinal de outros animais. O que para mim estava longe de significar que não havia mais. Acho que eles não gostam da luz acesa.

Resolvi mudar para a cama da parte de cima do beliche (quanto mais longe do chão, melhor) e resolvi dormir de luz acesa.Coloquei o relógio para despertar às 7h30, para escovar os dentes fechar a mochila e tomar café da manhã (que começava às 8h). Sim, essa espelunca se auto-denominava (B&B: BedandBreakfest). Já que eu estava pagando inacreditáveis U$ 8,00 pelo menos faria valer o café da manhã. O negócio era me mandar dalí o mais rápido possível para um lugar o mais limpo possível.

Essa foi a pior parte de toda a viagem. Eu devia ter procurado mais ou devia ter pago os U$ 90 dólares para ficar no outro hotel de frente para o mar, limpo e sem baratas.

Fotinhos em: https://picasaweb.google.com/luizac.rs/25DeAgostoBahia

5 comentários:

  1. Corre daí, bem ligeirinho. Baratas...hugh
    Essa foi uma furada, mas faz parte da aventura.
    É, as baratas são "universais".

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  2. Que horror! Tomara que neste momento em que estou escrevendo já estejas bem longe dai...
    Enfim... Experiências assim fazem parte.

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  3. Só para constar:
    Helena, li o blog da Luiza e gostei muito,ela escreve muito bem e apresenta lugares interessantíssimos. Tem muito talento e bom gosto e criatividade.Parabéns . Beijos, Lucy

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  4. Náo devia ter lido esse post, agora só vou pensar nessa barata.. ai q nojoooo. e o banheiro sujo?!?! Muito te admiro, sis!

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  5. Tinha que aparecer uma aventura no finalzinho da viagem... Imagina a Luiza jogando frecell e com de olha no barata com as havaianas do lado pronta para defesa... Mais uma ótima história pro livro... Abração Luiza. Alain

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