25 de junho de 2009

Concepción - último destino

Estou em concepción.
Ultimo dia deste giro pelo Chile.
Uma vontade de nao ir embora, mas um sentimento gostoso de que conheci praticamente todo Chile, de Santiago a Arica, de Arica a Castro de Castro a Santiago. Dá mais de 6.000km, viajando só no chile, se contar Porto Alegre-Santiago-Porto Alegre.

Bueno, falando um pouco dos dois ultimos dias em Valdívia, na segunda feira saí a caminhar pela cidade. A idéia era ir conhecer o Parques da cidade. Mas o dia ficou num chove, pára, sol, chove, pára, que acabei indo apenas ao Jardim Botanico, que foi um passeio delicioso e rendeu varias fotos lindas. No outro dia, terca peguei um bus em direcao ao pacifico com objetivo de conhecer as fortificacoes de Niebla, Isla Mancera y Corral. Acabei nao indo no forte de Niebla, segui direto para Corral, pegando um barco ali em Niebla mesmo. Corral é bem simpática, mas nao tem muito o que fazer, é claro. Fui conhcer o forte e depois almocei um Salmao, afinal até o momento ainda nao tinha comido salmao e nao podia ir embora do chile sem prová-lo. A sorte é que o dia estava muito bonito. Depois de tarde, um dos barqueiros me deixou ali na Ilha de Mancera, onde haveria a outra fortificacao. Cheguei na Ilha e tive a impressao que eu era a unica pessoa naquele pedaco de terra. Mesmo assim fui até o forte. É claro que nao havia ninguém ali e estava fechado!
Pensei: "Putz, e agora?" Mas analizando com mais cuidado a porta descobri que tinha uma cordinha no canto que se eu puxava, teoricamente abria o trinco por dentro. Tentei várias vezes até que consegui! Empurrei a porta e entrei no forte/castelo. Nao havia mesmo ninguém por ali.
O lugar era muito bonito, ainda mais com o sol batendo e deixando a grama ainda mais verde.
Caminhei por lá e vi de longe que havia mais outras duas pessoas lá. Nao sei se estavam mais perdidas ou mais encontradas que eu. Simplesmente estavam lá. Acho que elas nao eram os responsaveis, pois nao vieram me cobrar o ingresso.
Certa hora eu tinha que descer para o "pier", onde o barco passaria para pegar "as pessoas: eu".
Mas para minha surpresa quando eu ía saindo do castelo, era hora da missa. Assim que vi 3 pessoas (senhoras) que moravam ali.

No pier esperando o barco, que nao vinha nunca, conheci uma Austriaca, que morava em Valdivia. Ela ficou fascinada em me ver ali, no meio do nada (ou seria de ninguém?). E me contou que tinha vindo ver como estavam as cabanas que ela tinha na ilha para alugar no verao.
Sim, ela me contou que no verao a Ilha fica cheia de gente, turistas, moradores e gente que vem de toda parte e que só no inverno ficava assim essa desolacao. Acabamos conversando bastante e voltamos juntas para Valdivia.

No dia seguinte, de manha, parti para concepcion. Cheguei aqui já era quase noite e fui em busca de algum hostel. Depois de ir em tres residenciais e todos estarem lotados, comecei a ser mais flexivel com o preco e fiquei no Hostel mais caro de toda minha viagem. Mas, era o ultimo dia e cansa ficar caminhando com a mochila em busca de um lugar para dormir. Pelo menos a localizacao era bem boa, bem central.

Estava cansada e fui dormir cedo.... mas para meu espanto, acordo de noite com o chao tremendo. Bastante!!! Um terremoto!!!! Fiquei pensando, "que eu faco???" " Se piorar saio para a praca", mas nao piorou, nao fiz nada.
Fiquei deitada na cama. Nao ouvi barulhos do lado de fora, ninguem gritando... nada.
Cheguei a achar que era coisa da minha cabeca...
Foi rápido, alguns segundos, mas deu para sentir muito bem que o chao tremia!!!
Depois ouvi na radio que tinha mesmo tido um terremoto na regiao. Em concepcion tinha sido de escala 5.
Fiquei pensando: será mesmo tao normal assim um terremoto por aqui, que nao passou de uma simples noticia diária???

Enfim, depois deste inesperado ocorrido, de manha fiquei pela cidade e cheguei a conclusao que nao tem mesmo muito o que fazer por aqui. Mas o objetivo de verdade de estar em concepcion era ir à Mina de Carvao que está na cidade vizinha: Lota.

A viagem demora 1h de pinga-pinga. Cheguei na Mina Chiflon del Diablo e uma visita guiada iniciava em 30 min.
A visita foi só eu e um guri suiço. Muito, muito, muito interessante.
Quem faz a visita é um ex-mineiro, que trabalhou ali toda sua vida. As historia que se contam sao dramaticas. Os pais levavam os filhos para trabalhar ali em condicoes totalmente desumanas, dificil até de descrever a situacao. Muitos morreram por ali. Tinham que trabalhar de joelhos em espacos de menos de 1m de altura. Uma realidade triste da historia chilena.
Hoje em dia essa mina está sendo totalmente adaptada para o turismo. Para que as pessoas possam ver essa realidade, mas ao mesmo tempo, para dar seguranca e conforto para os turistas muita coisa vai se perdendo.
Na visita fiz amizade com o Suiço e voltamos juntos para concepcion.

Agora estou aqui numa Lan, fazendo hora, pego o bus para Santiago. Viajo durante a noite e amanha de manha pego lá o bus para Porto. E... de volta ao inicio.

Fotos agora só quando chegar de volta e Porto.

Um comentário:

  1. Considerei o passeio completo! Tem até terremoto. A garota andou por terra, ar e água. E ainda tremeu com o chão. Uau, ainda bem que foi só uma tremida rápida.
    Que nome o dessa mina. Eu acho que só trabalharia em minas em ultimíssimo caso.
    Boa viagem de retorno a POA, os pezinhos vão reconhecer o chão da mui leal e valorosa.

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