11 de agosto de 2011

Laguna Cuicocha e rumo a Papallacta

Referente a 10 de agosto

O dia de hoje, quarta feira, foi corrido. De manhã fui conhecer a famosa laguna de Cuicocha, próximo à cidade de Otavalo. Para chegar lá tinha que pegar um ônibus para Quiroga e depois uma camioneta para chegar até o parque onde ela está. Desci em Quiroga e logo do outro lado da rua tinha umas 10 camionetas (que na verdade são umas pick-ups) enfileiradas, esperando os turistas para levar à laguna. Mas de turista nesse dia e nesse horário só tinha eu. Então nem precisei ir na caçamba da camioneta (sim as caçambas são “adaptadas” com “bancos”) para levar vários turistas). Como estava sola, fui na parte da frente conversando com o seu Germán, um simpático Quiroquense que me fez além de motoristas, de guia de turismo.  Quando chegamos na Laguna, como eu não ía ficar muito tempo (tinha que voltar a Otavalo, depois pegar um ônibus a Quito e outro a Papallacta), seu Germán ficou lá me esperando.

O lugar é maravilhoso. É uma cratera de um vulcão (sim, extinto) cheia de água azul, com duas ilhas cobertas de vegetação bem verdinha no meio. O passeio mais legal de se fazer é dar a volta na laguna pela parte de cima da cratera, mas a volta inteira demora umas 5h-6h e tem que ir com guia (preferencialmente). Tive que deixar esse trekking para quando eu voltar para o Equador. Como não tinha todo esse tempo, subi uma das laterais e fiquei por ali curtindo a paisagem e pensando que aquilo era uma cratera, que um dia tinha expelido lava. Que máximo!!! Eu nunca tinha estado assim dentro de uma cratera antes.

O passeio foi rápido mas valeu muito a pena, tanto pela laguna, quanto pela experiência de andar de bus pelo interior do Equador. Ali eu era totalmente turista a única que não tinha cara e indígena.  Todos me olhava com cara de “tu é a estrangeira”.

Enfim, voltei da Laguna para Otavalo e fui tratar de fechar a conta do hostel e ir pegar o bus para Quito. Acabei me atrasando e nem tirei a foto no mercado de Otavalo. Vai ficar para a próxima vez.
Cheguei em Quito bem mais tarde que previa. Cheguei em um terminal (norte) e precisava ir para outro terminal (sul). Sorte que descobri que tinha um ônibus que fazia o trajeto de um para o outro. O detalhe é que demora cerca de 50 minutos. Mais atrasada ainda fiquei. Em vez de pegar o bus para Papallacta às 15h30. Peguei um que saía às 17h. Isso significava que eu teria que descer em papallacta de noite (e o ônibus só deixava na estrava, afinal Papallacta não é uma cidade é um vilarejo). Mas a Nossa Senhora Protetora dos Mochileiros estava comigo e desceram mais 3 mulheres junto na mesma parada. Essa foi a minha sorte!!! Quando desci perguntei para elas como fazia para chamar um taxi e chegar no hostel (que é no interior do interior e morro acima). A senhora prontamente pegou o telefone e chamou um “taxi” para mim, acho que ela ficou com pena de uma guria tão pequena perdida por ali com aquele mochilão. Enquanto isso íamos subindo uma estradinha em direção ao “vilarejo”. No meio do caminho... acaba a luz da cidade. Isso mesmo! Fica tudo escuro (não que estivesse muito claro antes). Como tinha uma lua, dava para ver estrada e continuamos subindo. Logo em seguida chegou um caminhonetão (que era o “taxi” local) para me levar ao hostel.
O Sr., super simpático me contou que já tinha faltado luz duas vezes e ninguém sabia porque. Fomos subindo e subindo por uma estradinha de chão até chegar numa casa que era o Hostel Eu tinha lido o relato de uma turista que tinha chegado a pé da estrada até o hostel. Fiquei pensando que essa pessoa tinha que estar mesmo muito aclimatada para subir aquilo e com mochila ainda (estamos a 3.000 m.a.n.m). Sensatamente pensei que ainda não estou nesse nível. Sorte decidi não tentar. Não teria conseguido.

Tá, mas alguém deve estar se perguntando... afinal o que a Luiza está fazendo aí nesse fim de mundo do Equador, no interior do interior, morro acima e ainda mais sem luz.
A resposta é simples: água quente! Não, não de preparar chimarrão! De entrar dentro!!! Aqui nesse fim de mundo a 100m do meu hostel está um dos melhores complexos de águas termais do Equador. E é para lá que eu vou amanhã! Passar o dia dentro de umas piscinas com água quente que prometem resolver todos os problemas de alguém. Não...não... acho que não traz a alma gêmea nem faz ganhar na mega sena. Mas é agua quente! E eu adoro isso!!! Para ficar no complexo o quarto mais barato é mais de $150, aqui no hostel pago $20!

E tem mais!!! Aqui no hostel também tem umas piscinas com água termal. Quando cheguei no hostel devia estar uns 15 graus. Demorei para criar coragem, mas fui. Coloquei meu biquíni e desci para a piscina (ao ar livre). Quando eu entrei na água chegou a doer de quente, mas logo acostumei. Fiquei na piscina até às 23h. Na hora de sair foi tenso. Chegava a doer na pele a diferença de temperatura. Mas sobrevivi e agora escrevo isso aqui debaixo de um monte de cobertas! J

Fotinhos:
Vista Geral da Laguna

Subindo a trilha uma vista de mais de cima

Uau... do " Mirante" 

Lá por cima é que passa a trilha que dá a volta na laguna!

Outro angulo

Escadinha que leva para a trilha numa lateral

Enfeite da natureza encontrado no caminho

Lá ao fundo é Otavalo!

3 comentários:

  1. Como sempre teu anjo da guarda já está merecendo um adicional por serviços extras...
    Grandes aventuras! Mas te cuida!

    ResponderExcluir
  2. Muito legal essas tuas aventuras pelo interior, saindo das cidades, participando da vida comum. Lindo esse lugar, a laguna do vulcão.
    Mas, não desafia demais a boa sorte. Que teu anjinho continue sempre contigo.

    ResponderExcluir
  3. Pois é, não dá pra se atrasar, porque daí pra frente tem que contar com a sorte e, enfim, não dá pra abusar da boa vontade dessa senhora volúvel. Que bom que deu tudo certo!!
    Que linda a laguna no vulcão! E a água quente do hostel deve ter sido show!

    ResponderExcluir