14 de agosto de 2011

Passeio pela "selva"

Referente a 13 de Agosto

Hoje fiz o passeio pela Amazônia Equatoriana. Tem um montão de passeios. Os melhores dizem que são os de 3 ou 4 dias, porque daí se entra mesmo na mata. Esse que eu fiz de um dia é mais superficial. Meu grupo tinha 10 pessoas (6 americanas, 3 equatorianos e eu) o que é um tamanho bom. O passeio começa em Misahuallí que é um povoado na beira da Amazônia e os deslocamentos são todos em canoa  (motorizada) pelo río Napo.

O passeio tem várias paradas, a primeira é na beira do rio onde algumas famílias trabalham garimpando ouro na areia do rio. Quando o barco está passando pelo rio o guia pergunta em Quíchua (língua dos nativos da região) se a família aceitar receber os turistas. A que nos recebeu era uma senhora com três netos (todos trabalhando). Ela disse que precisava do dinheiro para fazer a matrícula deles no colégio e que eles estavam ali ajudando porque estavam de férias. Daí a senhora foi fazendo todo o processo e o guia explicando como funcionava. Quem se interessou olha nas fotos que é impossível ficar explicando por aqui. Essa parte foi bem legal! Ponto alto do passeio.

Depois disso paramos para uma caminhada de umas 2h na “selva”. Eu sempre gosto de caminhar no mato mas eu esperava mais desta parte. Foi só uma trilha como em qualquer outro lugar. De vez em quando o Guia parava e explicava alguma coisa sobre uma planta ou animal. Foi ok mas nada de especial.  Depois disso paramos para almoçar na beira do rio em um restaurante. Bem bom até.

Outro ponto alto é que depois do almoço o guia perguntou quem ía entrar no rio. No início todos ficaram meio acanhados, mas depois aos poucos foram entrando. Teve gente que se jogou com roupa e tudo. Como eu não estava de biquíni (ele estava na mochila) não entrei nesse momento. Mas depois que todos voltaram para o barco ele parou em uma praia para a galera curtir mais o rio. Daí sim, pedi para uma guria segurar minha canga, me troquei e me joguei na água. Estava super gelada! Mas entrei correndo e me joguei. Depois do lado de fora com calor e vento logo estava seca. Essa parte foi ótima!!!

A próxima parada era em um parque que faz a reintrodução de animais silvestres na natureza. A maioria eram bichos de estimação. Daí eles tentam fazer uma readaptação ao mundo selvagem. Alguns conseguem retornar, mas outros, que não sabem mais se alimentar e perderam alguns instintos, acabam morando por lá.

Por fim a última parada é em uma comunidade indígena, onde eles fazem uma representação das danças, contam um pouco da cultura e vendem artesanato. Isso também foi bem legal. Comprei uma tartaruga feita pelos índios para minha coleção.

O passeio em si foi bem legal só a parte da selva que para mim deixou a desejar. Mas o legal é que os guias são da comunidade indígena e o impacto do passeio no ambiente acho que praticamente se limita ao motor dos barcos. De resto é tudo bem sustentável e as pessoas que moram na região se beneficiam com o turismo de uma forma bem legal e saudável, sem exploração.

O guia tinha todos os conhecimentos de quem mora na floresta, sabia tudo de animais, plantas, venenos, cultura dos indígenas e tinha várias histórias para contar, mas faltou um “tratamento” para com os turistas. Quando chegávamos em um lugar ele podia fazer uma introdução de onde é que estávamos chegando, para fazer o que, por quanto tempo... Essas coisas básicas. Às vezes o grupo ficava meio perdido.

Na beira do rio tem vários “jungle lodges”. Que imagino eu deve ser uma opção bem interessante de hospedagem (alguns bem caros inclusive).

Fotinhos:
Em Misahuallí, de onde saem os passeios de barco

Garimpo nas margens do rio Napo

Guia explicando coisas da mata

Pontezinha

Me senti pequena junto desta árvore

Guia subindo pelo cipó

Banho no Rio Napo

Na reserva para readapção dos animais selvagens,  mas esse macaquinho tava livre.


Na reserva para readapção dos animais selvagens.
Reserva Indígena

Voltando para Tena na caçamba!

4 comentários:

  1. Luiza querida,estou amando acompanhar tua viagem,com tuas explicações bem detalhadas, estou
    apreendendo um pouco sobre o Equador. Te mandei um outro comentário mas êle sumiu,não sei o que fiz
    com êle. Mil beijos, e aproveita, tia Graça

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  2. Incrível mas hoje estávamos revendo um documentário sobre a Amazônia e, quando o repórter entrou dentro d'água, eu logo disse que jamais faria aquilo pois tinha medo dos bichos que porventura poderia encontrar. Aí chego em casa e vejo tua foto muito feliz dentro desse rio Napo... Que bom que os meus medos não foram herdados. rsrsrs...

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  3. Muito ótimo esse teu relato. Me imaginei contigo nessa aventura.
    Achei bem legal a floresta, árvores bem altas, buscando o céu.
    Gostei que esse grupo não era só tu, mas não gostei na "canoinha" do passeio.
    Bj Dinda

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  4. Apesar de ser apenas um dia, rendeu esse passeio pela Amazônia e deixou uma ótima impressão.
    Até garimpeiro viste... É bom viajar pelos pezinhos alheios, que sabem contar e fotografar tão bem! bjs

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