26 de agosto de 2011

Rumo a Canoa

É... para ser bem sincera o hotel de Bahía acabou fazendo eu ter uma má impressão da cidade. Na verdade a cidade é interessante e até agradável. A cidade é uma peninsula cercada de mar por um lado e pelo enorme rio Chone do outro. A cidade foi declarada como uma Eco-cidade e 1999. Vejam a informação abaixo:

"Bahia de Caraquez é um dos destinos mais pacífico e ecologicamente correto, no Equador. Olhando para a beleza desta estância costeira, é difícil imaginar que ela foi quase completamente destruída pelos terremotos que sofreu em 1997 e novamente em 1998. Os terremotos e desastres naturais que abalaram Bahia de Caraquez foram resultado do fenômeno El Niño. Este eco-cidade é hoje um dos destinos mais limpo e mais seguro no Equador e seus trechos de praias espetaculares atraem centenas de visitantes por ano."

De manhã saí a caminhar e passear pela cidade. Praticamente dei toda a volta na península. Depois voltei para o muquifo para pegar minhas coisas e ir para Canoa.
Me disseram que tinha três formas para chegar lá. Pegar um barco para atravessar o rio Chone até San Vicente e aí pegar um ônibus, ou só pegar um ônibus próximo à ponte e ir direto (sendo que essa segunda opção era mais rápida). Ou pegar um taxi, que era a opção mais cara.

Apesar da ideia de pegar o barco me interessar, eu queria chegar o quanto antes em Canoa pois tinha feito uma reserva por telefone e como estava quase tudo lotado por lá, achei que se eu não chegasse no horário previsto, meu quarto poderia ser passado adiante. E eu correria o risco de passar outra num hotel ruim aonde tivesse restado alguma vaga.

Resolvi caminhar até a Ponte. Me disseram que eu deveria pegar um ônibus em cima da ponte. Achei a informação meio estranha... "os ônibus param para pegar pessoas em cima da ponte?". Achei melhor confirmar com outra pessoa. A informação foi a mesma.

Caminhando com a mochila nas costas logo descobri que a ponte ficava mais longe do que parecia.
Subi até a ponte e logo constatei que queria impossível pegar um ônibus ali. Até porque eu, enquanto pedestre, não tinha acesso à parte onde passavam os carros. Informação super furada².

E agora? Voltar tudo ou seguir e atravessar a ponte (a ponte mais comprida do Equador!)?. Quem anda para trás é galinha. Ajeitei bem minha mochila e pensei: "é só caminhar reto, sempre para frente, não tem lomba nem nada". A Mochila cargueira ía tranquila atrás, apoiada no quadril. O que logo começou a incomodar foi a pequena, que estava muito pesada (com netbook e mais algumas comidas pesadas) e eu carregava na frente. Mas era só um pouco mais de dois Kilômetros...

Eu ía caminhando e o mormaço começou a se transformar em sol... minha cabeça estava esquentando. Dei uma parada estratégica para tomar um gole de suco e colocar meu lenço na cabeça para aliviar o sol. Sem enrolação... ficar sentada no meio da ponte no sol não ía ajudar em nada.

Caminhei rapidinho e logo o final da ponte se aproximava. Percebi também que acabar a ponte não era acabar a caminhada pois, mesmo em terra, o caminho continuava com a estrada e não tinha como eu sair. Ok... caminhando só mais um pouquinho e por fim, eu estava do outro lado da ponte! E daí? Meu objetivo era ir até Canoa, não até o outro lado da ponte... Achei que já tinha gasto todo meu tempo e esforço físico. Pensei "vou pegar o primeiro meu de transporte que vier". Veio um moto-taxi! Beleza! Fiz sinal para ele parar: "hasta canoa, cuanto vale?" "U$5". Entrei rapidinho no tal moto-taxi (que na verdade é uma moto-triciclo com uma lona).

Eram uns 15km até Canoa. Eu só não imaginava que era como se fosse 15km dentro de um liquidificador. A estada tem partes horríveis e eu pulava e pulava naquele banco do moto-taxi. Na boa, sem indecências, pulava tanto que eu tive que cruzar os braços para segurar os seios. Que horror!
Mas nas partes que a estrada estava boa era divertido, fora quando passavam os caminhões e comíamos muita terra.

Enfim, depois de todos esses percalços cheguei em Canoa. Uma praia 100% com cara de praia. Mar com ondas, pessoas no mar, pessoas nas barraquinhas, quiosques na beira da praia, hippies, artesanatos, restaurantes. E o melhor de tudo: a reserva do meu hotel continuava válida!
"ganhei" uma cabana com banheiro, água quente varanda com rede, mosquiteiro, tudo isso em um hotel com piscina, ampla área verde e área comum, tudo ao ar livre. Também tem internet livre (só não pega na minha cabana). Só não está na beira da praia, mas ok, até pq na beira da praia fica todo o agito, com música alta e essas coisas.

Almocei um pescado em um quiosque na beira da praia. Depois fiquei curtindo o local. O dia estava nublado e tinha um vento forte de modo que não me animei de colocar biquíni para entrar na água. Quem sabe amanhã, se tiver menos vento.

Também reservei um passeio bem legal que vou fazer amanhã em uma propriedade rural em uma comunidade onde tudo é ecologicamente correto. O legal é fazer um passeio de três dias nessa propriedade, mas como eu não tenho mais todo este tempo vou fazer um tour de um dia mesmo.

São 22h e já to caindo de sono, afinal ontem não dormi praticamente nada.

Fotinhos:
Vista geral de Bahía de Caráquez (googleada)

Praia de Bahía de Caraquez

Calçadão de Bahía Caraquez

Hotel muquifo em Bahía 
A ponte Bahía - San Vicente

Rumo a Canoa no Moto-taxi

Meu hotel em Canoa!

As falésias de Canoa...
Mais fotos em: https://picasaweb.google.com/luizac.rs/26DeAgostoCanoa

Videozinho :

3 comentários:

  1. Bueno, altos e baixos no seguimento do percurso. Essa travessia da ponte foi exaustiva, cansei junto... e depois, uma "cadeira vibratória" para massagear os músculos cansados.
    Recompensa: a chegada em Canoa e essa cabana legal, com tudo de bom e supostamente sem "bichos"...

    ResponderExcluir
  2. Também cansei nessa ponte.. credo! Pelo menos valeu a pena. Fiquei curiosa pra ver onde estavas sentada nesse moto-táxi. Enjoy!

    ResponderExcluir
  3. Mas a ponte é enoooorme!!!!! Eu não teria coragem de me aventurar. Ainda bem que agora estás bem instalada. E que sorte não há El Nino este ano. Fiquei meio assustada com os terremotos.

    ResponderExcluir